Por Ana Beatriz Rinaldi.
No começo, confesso que me pareceu seria uma leitura cansativa. Durante a leitura percebi o valor deste trabalho para aqueles que duvidam da veracidade dos fatos relatados na Bíblia e daqueles que acusam a religião de ser um mal para a humanidade. A medida em que lia, também compreendi o seu valor, para nós que cremos na Bíblia como sendo a Palavra de Deus, pois é importante saber argumentar a razão da nossa fé. O livro nos ajuda a entender aspectos históricos que provam a falácia dos que argumentam a favor da inexistência de Deus, e traz dados e evidências da autenticidade da Bíblia. Creio ser importante conhecer a história, pois ela nos conta do Plano de Deus, e através dela podemos enxergar a forma que Deus age no desenvolvimento do Seu Reino.
Eu sempre acreditei que o impacto que uma leitura tem sob o leitor está diretamente relacionado à postura deste leitor em relação ao livro. Por isso, comecei a leitura tentando entender do que tratava o livro, numa postura investigativa. Logo no início, o livro me surpreendeu com a afirmação de que mais pessoas morreram pelas mãos de fanáticos antifé do que por religiosos. Essa percepção mostrou que o vazio dentro das pessoas, quando buscam preenchê-lo não através de Deus, mas sim de suas próprias convicções, podem ter consequências desastrosas. Assim foi o caso das ações dos governos antijudaico-cristãos no século passado. A leitura do livro nos ensina que a religião não é a maior causa de mortes na história, mas sim a falta dela.
Ainda no começo do livro, o autor levanta a questão polêmica que aborda qual será a razão do grande conflito no século XXI. Será a guerra ideológica entre o secularismo e os crentes? Será a influência dos cristãos, ditos por alguns como pobres e sem instrução? Serão os cristãos capazes de impactar significativamente o mundo? O autor cita vários pensadores e profissionais que buscam provar que a religião é o maior perigo para a paz mundial, porém com maestria, o autor traz argumentos e dados, obtidos por pesquisas, que provam justamente o contrário.
O livro coleciona uma série de argumentos levantados contra a veracidade dos fatos narrados na Bíblia e busca evidências nas descobertas arqueológicas, para confirmar sua real existência. Nos faz pensar como Deus é tremendo se preocupando em preservar as evidências! Como Ele conhece tão bem a natureza humana e sabe que muitos levantarão suspeitas, arrazoaram tentando desesperadamente encontrar uma razão para crer naquilo que foi plantado em seu coração, já que foi criado a imagem de Deus, o sobrenatural.
Outro ponto que o autor aborda é a questão do caráter sagrado das Escrituras, trazendo a questão dos maus entendidos sobre o significado da inspiração bíblica. O autor mostra que a própria Bíblia menciona fontes escritas consultadas na criação dos textos sagrados, como por exemplo, o Livro de Números, ou o livro “das guerras do Senhor”.
O autor aborda ainda temas como Sodoma e Gomorra, a proveniência divina do homem, a escravidão entre os antigos hebreus, e especialmente o capítulo 11, que traz um paralelo entre a Bíblia e a Constituição americana. O autor relata que uma das pedras fundamentais intelectuais da democracia liberal – a crença na “igualdade essencial dos seres humanos e em seus direitos inalienáveis”, encontra sua origem na Bíblia.
Minha percepção é que a leitura do livro nos traz aquele sentimento de que tudo que vem de Deus é coerente, pode ser provado de alguma forma, seja por pesquisas arqueológicas, por evidências resgatadas dos mais variados lugares, e faz sentido quando olhamos com os olhos de fé. Uma obra assim é importante, pois aqueles que precisam de argumentos lógicos e provas, os obtêm com essa leitura. Os que já criam no poder transformador da Bíblia, se deliciam vendo sua fé provada em tantas circunstâncias apresentadas pelo autor.