Por Paul Jehle.
TRÊS INSTITUIÇÕES DIVINAS: A Família, A Igreja e o Governo Civil.
Na medida em que se estuda a Palavra de Deus, pode-se observar que Deus estabelece diferentes “instituições” ou veículos básicos, para manifestar sua Palavra. Cada instituição tem suas responsabilidades específicas de serviço, e cada uma é chamada a realizá-las em respeito a Deus e à Sua Palavra. Na proporção que cada instituição se desvia de seu propósito e responsabilidade originais, haverá o mesmo grau de desequilíbrio e, subsequentemente, pressão excessiva sobre as outras instituições designadas a funcionar em harmonia uma com a outra. Estas instituições, como veículo do governo de Deus, são designadas para expressar o Reino de Deus sobre a terra numa certa localidade, para que o mundo possa ver como será quando Jesus reinar nos corações dos homens.
Essas instituições são:
- a) o Lar (que foi o primeiro a ser estabelecido e designado a fim de manifestar, em primeiro lugar, o governo de Deus, Gn 2:21-24);
- b) a Igreja (comunidade redimida da aliança mencionada nas Escrituras como a Noiva de Cristo, ou o Corpo de Cristo, Ef. 1:22-23);
- c) o Governo Civil (instituição designada para executar a justiça e as leis de Deus. Rm. 13:1-4).
No “Fórum do Professor”, publicado pela Associação Cristã da Lei, temos uma discussão feita por Wallis Metts, na 5ª edição, concernente às Instituições Divinas. Professores cristãos, por exemplo, deve-se lembrar de que na “Escola” não é descrita na Bíblia, em nenhum lugar, como uma instituição. Seja qual for a função do professor na sala de aula, ele deve estar de acordo com os padrões divinamente ordenados para outras instituições. Uma vez que as Escrituras negam ao Governo, por silenciosa missão, a prática da educação das crianças, os professores devem entender que estão atuando dentro dos papéis do Lar e da Igreja. Isso ajudará imensamente na restauração da estrutura bíblica pertinente à educação.
Embora o Lar seja o “eixo” das três instituições, é evidente que, às vezes, a família espiritual (a igreja) ou simplesmente a devoção a Cristo devem preceder a entrega de alguém (compromisso) à família natural (especialmente quando a família natural pode impedir o caminhar da pessoa com o Senhor; veja Mt. 12:46-50; 19:29; Lc. 14:26-33). É também evidente que o Governo Civil, embora ordenado a guardar as leis de Deus, pode também ser um impedimento quando o homem começa a pensar que ele é soberano, no lugar de Deus. No decorrer da História e das próprias Escrituras, isso prova ser um “espinho”, impedindo o homem de andar em obediência ao Senhor, praticando as leis dos homens, e não as de Deus. Em tais casos, deve-se obedecer a Deus e agradá-lo, ao invés das leis humanas, contrárias à natureza divina. (veja At. 5:29 e Mt. 22:17-22).
O Lar, entretanto, é o lugar onde Deus estabeleceu o papel do pai, da mãe e também dos filhos, para que pudessem aprender as lições básicas necessárias e tomarem lugar na divulgação de Seu Reino sobre a terra. O Lar também é a produtora chave da existência das outras duas instituições. Tanto a Igreja (através dos dízimos e das ofertas voluntárias do povo de Deus), quanto o Governo Civil (através dos impostos) dependem da produção do Lar. Se uma dessas instituições assume um papel causativo ou domina a vida individual do lar, compromete, então, a produtividade e o papel que Deus estabeleceu, e, portanto, terminará em tirania de uma instituição sobre a outra, ao invés de as três operarem em tripla harmonia. Se, por outro lado, o lar tenta existir fora das outras duas instituições ordenadas por Deus para ajudar a realizar o trabalho de expansão do Evangelho ou na proteção da divulgação do Evangelho, então o lar está em perigo, esquivando-se do mundo, o que o Senhor disse que não fizesse (I Co. 5:10). O lar deve sempre manter o equilíbrio e estar separado das maneiras e filosofias do mundo, ainda que deva alcançar o mundo, transformar outros pela graça de Deus e expandir a influência do Evangelho de Cristo de todos os meios possíveis, sejam quais forem. O quadro, a seguir, ilustra as principais responsabilidades dessas três instituições. Deve ficar bem claro, entretanto, que o lar e a igreja, muitas vezes, chocam-se em suas responsabilidades, sendo a igreja a extensão espiritual da família. A “separação” entre Igreja e Estado ou a separação de responsabilidades, não de prestação de contas (pois Jesus é o Rei Supremo sobre todas as coisas) dá-se na área da Justiça e Proteção. Por todo o V.T., era de se esperar que houvesse separação entre o Rei e o Sacerdote, entretanto, quando o Senhor voltar, esse aspecto de Justiça e Governo serão dados também à Igreja, e não mais haverá separação como a que foi mencionada. Entretanto cabe aos cristãos governar hoje e agora, seguindo a Palavra de Cristo, para que a “graça” seja estendida a todas as nações quando Ele voltar. (veja I Co. 4:4; 6:2-3; Ap. 1:5-7; 20:1-4).
JESUS CRISTO
SALVADOR, SENHOR E REI!
O LAR
“Desde criança conhece as sagradas escrituras…” (II Tm. 3:15)
Treinar e Educar os Filhos; (Ef. 6:1-4).
Cuidar das Necessidades da Família; (I Tm. 5:3-16)
Suprir as Necessidades da Sociedade. (Mt. 5:31-46; e Gl. 6:9-10)
A IGREJA
“E para ser o cabeça sobre todas as coisas O deu à Igreja…” (Ef.1:22)
Discipular as Nações;
Evangelizar o perdido
Edificar o salvo (Mt. 28:19-20);
Levar o Corpo e a Noiva de Cristo à maturidade. (Ef. 4:11-16)
O GOVERNO CIVIL
“… Jesus outro rei” (At. 17:7)
Proteger o Justo; (Rm. 13:305)
Punir o Perverso (Rm. 13:1-2,4-5);
Manter a Paz para que o Evangelho possa ser espalhado. (I Tm. 2:1-5).
A EDUCAÇÃO CRISTÃ COM CONVICÇÃO
A definição de educação, segundo Webster, é: Cristo deve ser o Senhor de todos os segmentos da instrução da disciplina com que se pretende iluminar o entendimento, corrigir o temperamento, formar as maneiras e hábitos da juventude e capacitá-la a ser útil no futuro. Essa definição paralela à de Dt. 6:7, de ensinar às nossas crianças todo o tempo, o dia todo, parece indicar que educação cristã é um treinamento para toda a vida, e inclui muito mais do que a “escola”. Seria apropriado dizer que o movimento de escolas cristãs é uma restauração de um aspecto da educação cristã; sendo essa a disciplina formal da mente. Treinamento sempre está acontecendo, mas a pergunta chave é: Está acontecendo uma educação cristã consistente ou não no que se refere a nossas crianças? Se não, nossas crianças crescerão vivendo em dois “mundos”, um cristão e outro, não cristão. Esse duplo padrão, quando muito, produzirá cristãos dúbios (Tg. 1:8). A convicção de que precisamos é a de que nossos filhos estão recebendo treinamento consistente, em todas as áreas, sob a orientação de professores cristãos, para que possam enfrentar, quando crescerem, uma geração corrompida e perversa, brilhando como luzeiros. (Fp. 2:15-16).
Quando nos referimos à convicção e ao que realmente significa com relação à educação cristã, precisamos considerar também o que os tribunais têm chamado de preferência. Confrontando os dois tipos de “crenças”, pode-se entender melhores as profundas exigências de convicção, e o que um homem terá que sacrificar se quiser obedecer a Deus. Em poucas palavras, convicção é uma crença que se assume tão fortemente e se está tão convencido de que é isso o que a Palavra de Deus ensina, tendo o Espírito Santo confirmado no coração, que a pessoa não a mudará, a preço algum: Para um cristão, cada mandamento relacionado ao tipo de vida e de conduta diante de Deus e dos homens deveria ser uma convicção. Entretanto, estamos todos em diferentes graus de crescimento, e, por isso, o número e a qualidade de nossas convicções crescerão na medida em que andarmos com o Senhor. Entretanto, pode-se prontamente observar que uma convicção não é um “impulso” ou “arrepio”. Precisamos saber se isso foi exigido pela Palavra de Deus e se foi dito pelo Espírito Santo.
Uma preferência, por outro lado, é uma crença fortemente assumida, assim como uma convicção; todavia a pessoa a mudará quando se defrontar com determinada pressão ou inconveniência. A crença oscila e muda com as circunstâncias, ao invés de permanecer absoluta, uma vez ditada pela Palavra de Deus. Para uma melhor compreensão da diferença entre preferência e convicção, deixe-me citar um artigo publicado numa revista cristã sobre educação: The Capsule, (A Cápsula, dez/81). David Gibbs, da Associação da Lei Cristã (advogado), teve suas ideias resumidas num artigo sobre o tópico de convicção e preferência, e o material que vem a seguir foi tirado das páginas 8 e 9: “Os tribunais reconhecem a preferência como uma forte crença. Tal crença pode motivar uma pessoa a trabalhar em tempo integral em nome de sua fé. Pode levar uma outra a ser um ativo” ganhador de almas “. Enquanto ainda outras podem das grandes somas de dinheiro em lealdade à crença que professam. Mas, à medida que essas pessoas se reservam o direito de algum dia, mudar sua atitude, então será classificada como uma preferência, não uma convicção. Se de fato creem que Deus exige um determinado padrão para certa atitude e ousam não se modificarem em face das circunstâncias adversas, então isso se torna uma convicção. A maioria dos cristãos tenta manter uma certa porcentagem básica com relação à Palavra de Deus, mas a obediência às Escrituras nunca é algo opcional. Ou obedecemos às Escrituras ou as abandonamos. Há cinco circunstâncias que uma sentença do tribunal levará um homem a mudar seu padrão se sua crença foi uma preferência em lugar de ter sido uma convicção. Incluem as pressões feitas por amigos, a família, uma ação judicial, ir para a cadeia e o medo de morrer. “David Gibbs continua: “ um pai cristão que dá a seu filho uma educação não cristã está enganando-o”.
Precisamos entender que, do outro lado da moeda, o simples fato de mandar seu filho a uma Escola Cristã não está provando, de modo nenhum, que você, como pai, tem uma convicção (está convencido de que Deus requer um treinamento piedoso, consistente). E se a escola se mudar para mais longe, ficar mais cara, ou outra inconveniência qualquer, você fará sacrifícios necessários para manter sua convicção, inclusive ensinar seus filhos, caso isso venha a ser necessário? Lembre-se que: se seu filho ou alguns de seus filhos estiverem recebendo uma educação não cristã, você ainda não tem uma convicção, pois seus atos negam suas palavras. Uma convicção requereria grandes sacrifícios de modo a não ser impedido por qualquer obstáculo a não deixar nenhuma situação sem ser contornada, até que as exigências de Deus sejam atendidas. Deus disse que para aquilo que Ele nos chama para fazer Ele providenciará os meios para que o realizemos. (Veja I Ts. 5:24, Fp. 4:13-19 etc.).
O movimento de Escolas Cristãs está crescendo em grande velocidade. Entretanto, muitos pais cristãos mandam seus filhos a essas escolas por razões erradas. Porque simplesmente é conveniente fazê-lo ou é uma boa opção e alternativa para o tipo de educação que estavam recebendo, ao invés é uma obediência a um mandamento das Escrituras. Todos precisamos tomar consciência de que grande parte de nosso cristianismo se tem resumido a uma questão de conveniência e não de convicção! Estamos enganando-nos a maior parte do tempo, levando a cabo muitas ações que são fruto de uma religião de conveniência, ao invés de um relacionamento de obediência e convicção! Por que você está fazendo o que você está fazendo? Se não houver um ensino na área da escola cristã, você poderá vir a se defrontar com o teste mais difícil da sua existência, quando as convenientes razões negativas de mandar seus filhos à escola particular forem eliminadas. Se as escolas do governo “fizerem uma limpeza em seus padrões”, devido a pressões do setor privado (isto é, se tiverem poder para isso), isso proporá um poderoso êxodo das escolas particulares, já que mudou o ambiente? Se não tivermos cuidado, podemos mudar nossas atitudes por causa do ambiente, em vez de a razão ser a Palavra. Estaríamos de fato vivendo por “ética situacional” ao invés de seguirmos os padrões e exigências imutáveis da Palavra de Deus.
Das muitas “razões negativas”, por assim dizer, de mandar as crianças às escolas cristãs, três se destacam.
- Ambiente Mau: Os pais não querem que seus filhos se exponham a palavras torpes, droga, sexo e algumas vezes à violência nos pátios e banheiros, etc. Entretanto, se for essa a “razão” para a educação cristã, é possível que você não esteja treinando seus filhos de maneira apropriada, em casa, para suportar as pressões na escola, e uma educação cristã particular é simplesmente um fiscal para aqueles que não são espiritualmente firmes o bastante para se posicionarem por Cristo.
- Baixo Padrão de Ensino: Devido ao decadente aproveitamento escolar por toda a nação, os pais têm ficado alarmados com o baixo rendimento e aproveitamento de seus filhos! Formandos do II grau não podem ler, escrever, como faziam anos atrás; alguma coisa está errada! Se essa é a “razão” para se mudar para outra escola, então os pais estão se voltando para uma melhor opção acadêmica para seu filho e a educação só é vista como a obtenção dos melhores fatos e potencialidades e não por causa de Cristo ou da Palavra de Deus.
- Ensino de Humanismo Secular: Em muitas escolas não há apenas uma ausência de moral e de base cristã-judaica para a educação, mas também está acontecendo uma substituição ou ensinamento hoje de uma outra religião: o humanismo. Essa religião, ensinando a supremacia do homem com seu próprio “Deus”, não apresenta absolutos em moral, valores ou decência. “O que é certo para você” permeia o ensino dos livros-textos, dos trabalhos e dos professores. Mais uma vez a “razão” para uma educação cristã não é uma razão negativa, tirando seu filho de um ambiente que você sente que será prejudicial para ele.
Embora as razões citadas possam parecer bem lógicas, ainda são razões negativas ao invés de positivas. Certamente é verdade que quaisquer educações com os atributos mencionados acima seriam bem indesejáveis. Também é verdade que você não seria um bom pai se não estivesse preocupado com essas condições citadas acima na educação de seu filho, pois acima de tudo você quer que ele aprenda e, não, que ele seja pervertido em seu espírito. Entretanto se os atributos acima não fossem uma realidade, seria a educação aceitável diante de Deus e de Sua Palavra? Se as escolas do governo tirassem quando fosse possível o que mencionamos anteriormente (as razões negativas antes citadas), isso tornaria a sua educação (a educação por elas oferecidas) mais cristã? Seria Cristo o ponto central de todo ensinamento e vida? O temor do Senhor teria o primeiro lugar na escola? As respostas a essas questões e a muitas outras revelam que o simples fato de remover o negativo não significa que a coisa se torne aceitável diante de Deus. A questão de fato é: “O que Deus quer na educação de meu filho”. Uma vez que temos uma ordenança na Palavra, então positivamente tentamos satisfazê-la pelo poder do Espírito Santo, sabendo, naturalmente, que não encontraremos uma escola “perfeita”, entretanto, teremos uma escola que procurará manter os princípios mais importantes num treinamento piedoso.
A Palavra de Deus nos oferece alguns princípios ou ordenanças pertinentes ao treinamento de nossos filhos que afetam diretamente o processo educacional. Ao discutir alguns, observamos que o que torna essas razões positivas é que estamos vendo o que Deus diz que devemos fazer, e estamos nos movendo em obediência a Ele, em vez de apenas nos movermos negativamente para longe daquilo que é maligno. À medida que nos movemos em direção a Deus, automaticamente nos afastamos das influências negativas, que nos impedem de obedecer a nosso Senhor Jesus.
O QUE AS ESCRITURAS DIZEM?
- A Lei de Deus de semeadura e colheita
Pv. 22:6
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele”.
Gl. 6:7-8
“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne, da carne colhera corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna”.
Dt. 22:9
“Não semearás a tua vinha com duas espécies de semente, para que não degenere o fruto da semente que semeaste e a messe da vinha”.
Sl. 144:11-12
“Livra-me e salve-me do poder de estranhos, cuja boca profere mentiras, e cuja direita é direita e falsidade. Que nossos filhos sejam, na sua mocidade, como plantas viçosas, e nossas filhas como pedras angulares, lavradas como colunas de palácio”.
É tolice “reivindicar” a promessa de Pr. 22:6 simplesmente porque levamos nossos filhos à Escola Dominical e à Igreja, e lhes damos boa instrução em casa, mas permitimos que o mundo treine suas mentes e padrões de pensamentos durante 6 horas por dia, cinco dias por semana! O padrão de pensamento de uma criança é formado nas disciplinas das matérias escolares, e a menos que essas disciplinas estejam rodeadas de pensamento e prática cristãos, a criança terá uma mente carnal, pecaminosa que a acompanhará pelo resto de sua vida. Certamente a graça de Deus cobre nossos erros cegos, entretanto, colhemos o que semeamos! Aquilo que é semeado na mente, em forma de pensamentos, torna-se á em ações e em estilo de vida nos anos futuros. Devemos ser firmes no processo de treinamento em toda essa plantação, para que possamos esperar uma colheita sem mistura. Muitos argumentam que se “saíram muito bem” fazendo seus cursos em escolas não cristãs. A aparente “semente misturada” não os prejudicou, dizem. Entretanto, a pergunta é: o que querem dizer com “se saíram muito bem?” Somos realmente como devem ser os cristãos em nossos padrões de pensamento quando pensamos? Muitos de nós professamos a Cristo e, todavia, praticam o humanismo! Simplesmente estamos enganados demais para estarmos conscientes disso! O pensamento real demonstrado aqui é uma manifestação de como nossas mentes são humanistas. De fato, a questão é: quanto poderia ter sido evitado se nossos padrões de pensamento e os de nossos filhos pudessem ser estabelecidos de forma correta desde o princípio?
Zombamos de Deus se permitimos que sementes diversas sejam semeadas em nossos filhos. Ainda por cima, se as ervas daninhas crescem por si mesma sem uma plantação consciente de nossa parte, então cresceria muito mais se plantadas! Se semearmos sementes de vida e permitimos depois que sementes de morte também sejam semeadas e ainda esperamos um resultado de vida, zombamos de uma das leis de Deus no mundo natural e no espiritual. O caráter de uma geração só pode ser medido corretamente através do caráter da geração seguinte, e este fala por si mesmo!
Somente o treinamento consistente na Palavra de Deus a partir do lar, da igreja e da escola, encaixa-se no contexto e cultura de Pr. 22:6. Esse tipo de treinamento e instrução piedosa podem nos livrar de criar e educar crianças “estranhas”. O modo como somos, com todas as nossas inclinações, é o modo como fomos treinados para ser, pois ou fomos treinados para matar a velha natureza ou para alimentá-la. Não cometamos o erro de outra geração, e não negligenciemos o plantio de uma geração que pode experimentar mais da glória de Deus do que a nossa!
- Mantendo um jugo igual entre pais e professor
Am. 3:3
“Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?”.
II Co. 6:14
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto, que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?”
Lc. 6:39-40
“Propôs-lhe também uma parábola: Pode porventura um cego guiar a outro cego? Não cairão ambos num barranco? O discípulo não está acima de seu mestre; todo aquele, porém, que for bem instruído será como seu mestre”.
Talvez não tenhamos, até agora, visto nosso relacionamento como pais em relação ao professor que ensina nossos filhos como um jugo ou pacto, entretanto isso é, na verdade, o que acontece. Aos pais, e não à Escola ou ao Estado, foi dada a responsabilidade de cuidar da educação dos filhos (Ef. 6:4); de modo que serão considerados responsáveis por aqueles a quem permitirem ocupar seu lugar e ajudá-los a educar os filhos.
É evidente que duas pessoas não poderão andar juntas de modo adequado, a não ser que estejam de acordo. Em que devem os pais e professores estar de acordo? Em primeiro lugar, deve ser no Senhorio de Cristo! O professor deve passar um exemplo que os pais aprovam como sendo uma boa influência para seu filho. Isso não significa que o professor deva ser exatamente como os pais, mas cada um deve estar de acordo em ter em alta estima o Senhorio de Jesus Cristo, (Cl. 1:16-18). Caso contrário, os pais estarão num jugo desigual com o professor, e estarão desobedecendo às Escrituras.
Jesus ensinou claramente, em Lc. 6:39-40, que o discípulo (ou aluno) não está acima de seu mestre. Isso significa que é tolice esperar que uma criança se eleve acima do professor em espiritualidade ou moralidade, pois ter maturidade ou realizar uma tarefa (traduzindo aqui como perfeição) é tornam como seu professor! Cada pai deve esperar que algumas de suas características pessoais e maneirismos (tanto bons como maus) sejam vistos nos filhos, e o mesmo é verdade com relação aos professores deles. A menos que haja um jugo igual entre pais e professor, é impossível um treinamento coerente, pois a criança terá de escolher qual modelo tomará para si, e, com a ajuda constante de sua velha natureza, pode vir a escolher aquele que seja mais parecido com a manifestação desta, em vez de dar lugar à nova natureza.
- Os pais são responsáveis pelo que é ensinado a seus filhos
Pr. 19:27
“Filho meu, se deixas de ouvir a instrução, desviar-te-ás das palavras do conhecimento”.
Mt. 18:6
“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim. Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar”.
Tg. 3:1-2
“Meus irmãos, não vos torneis, muito de vós, mestres, sabendo que haveis de receber maior juízo. Porque todos tropeçamos em muitas cousas. Se alguém não tropeça no falar é perfeito varão, capaz de refrear também todo o seu corpo”.
Esse terceiro princípio ou ordem vem logo atrás do segundo. As palavras de Jesus, em Mt. 18:6, são muito fortes com relação a tropeços (fazer com que tropece) para as crianças. Cabe aos pais supervisionar a educação do filho, e se eles conscientemente permitem que os professores tomem seu lugar para ensinar coisas que poderão levá-los a tropeçar, estes pais e também o professor poderão vir a ser culpados da ira do Senhor.
O chamado do professor (traduzido por mestre em Tiago) não é algo leve. Sabemos que um professor receberá maior julgamento, pois está constantemente falando e ensinando. Aquilo que um professor ensina, em conteúdo ou palavras, pode fazer tropeçar ou levar vida, pois a morte e a vida estão no poder da língua, (Pr. 18:21) Os pais, diante de Deus, devem saber o que está sendo ensinado a seus filhos, e, já que são responsáveis pelo processo de treinamento, podem também vir a ter que prestar contas pelo que permitiram que suas crianças ouvissem ou que lhes fosse ensinado.
- Uma filosofia de vida pecaminosa aprisionará a mente de uma criança
Jr. 10:2
“Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho dos gentios”…
Cl. 2:8
“Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”.
Rm. 16:19
“Quero que sejais sábios para o bem e símplices para o mal”.
Is. 7:14-15
“Portanto o Senhor mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamarão Emanuel. Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e escolher o bem”.
Lc. 2:51-52
“E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submissos. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração. E Deus crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”.
Muitos cristãos se enganaram pensando que uma educação “neutra” com relação à religião fosse um posicionamento saudável para seus filhos. Nada poderia estar mais longe da Verdade. De fato, educação “neutra” não existe, pois outro sistema de valores sempre é o ponto de apoio e a base das disciplinas acadêmicas. O que as Escrituras dizem é que Deus não quer que sejamos ensinados com misturas, pois isso seria como uma “armadilha” para a nossa mente (traduzido por enredar. Cl. 2:8). Satanás sempre tenta nos embaraçar e capturar-nos através da corrupção da mente (II Co. 11:3). Não é esperado que aprendamos tanto o bem (em casa) como o mal (na escola) para que possamos discerni-los. Mas devemos aprender o que é o bem para reconhecer o que é o mal.
É evidente que na vida de Filho modelo, Jesus recebeu esse tipo de instrução. Lemos em Isaías que Ele comeu manteiga e mel (símbolo daquilo que é puro e que ilumina os olhos da verdade) para que lhe fosse dada a sabedoria para escolher o bem. Do livro de Lucas, aprendemos que esse ensinamento deve ter sua origem no lar. Entretanto, hoje, é comum pensarmos que podemos permitir que todo tipo de semente misturada seja semeado no lar e na escola, pois nossos filhos ficarão muito atentos a respeito do mal, violência, ocultismo, etc; entretanto precisamos nos tornar conscientes de que eles serão apanhados em armadilhas se aprenderem o caminho dos ímpios. Nossos filhos precisam ser separados do mundo antes de estarem preparados para ministrar ao mundo.
- As crianças devem ser ensinadas sobre o mundo real
Pr. 1:7
“O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino”.
Rm. 11:36
“Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém”.
II Co. 4:18
“Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as coisas que vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Cl. 1:17
“Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste”.
Jo. 14:6
“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida”.
O mundo real, a verdade sobre a vida é achada em Jesus, uma pessoa. Ele criou todas as coisas e todas as coisas que Ele criou trazem a marca da divindade (Rm. 1:20). O temor (ou respeito) a Deus é a base para o conhecimento, pois Jesus Cristo é o único fundamento digno de qualquer investimento de construção (I CO. 3:11). Quando Deus é tirado, o que fica é só mentira, e o resultado uma tolice (veja Rm. 1:21-22). Pertence a Cristo o primeiro lugar em todas as coisas, pois Ele é quem sustenta os mundos (Hb. 1:1-3). As coisas eternas, invisíveis e pertencentes à esfera espiritual devem ter prioridade sobre as coisas temporais, visíveis e pertencentes à esfera natural. Não é nosso propósito juntar tesouros na terra (temporais); ao contrário, é nosso propósito investir nas coisas de valor eterno, (como, por exemplo, nossos filhos), (Mt. 6:19-20 II Co. 4:7; 12:14).
Quando uma criança é educada por um sistema educacional que nega a alto e bom som, ou por omissão, que Deus é a realidade última de todas as coisas, ou que o eterno não existe ou deve se curvar ao temporal, essa criança crescerá com prioridades erradas. Quando atividades intelectuais, atletismo, sucesso secular e dinheiro são continuamente colocados diante da criança como o mundo “real”, nada pode fazer a não ser colher comportamento, padrões de pensamentos e prioridades errados.
O LAR CRISTÃO RESISTIRÁ AOS TESTES DOS DIAS FUTUROS?
O Lar Cristão está sofrendo ataques. Isso não é novidade para a maioria das pessoas. Entretanto, quando o lar é atacado, também são atacadas as responsabilidades a ele confiadas, o que inclui educação e treinamento. Temos enfatizado que a escola precisa ver verdadeiramente Cristã, não Cristã nominal apenas; a mesma verdade diz respeito ao lar. Vamos concentrar nossa atenção agora no fortalecimento do lar e na preparação para o que pode vir a acontecer. Vamos focalizar três áreas: 1. Agindo de acordo com a convicção da Edificação Cristã; 2. Removendo inconsistências da vida familiar; 3. Restaurando aos pais o papel de principais educadores.
- Agindo de acordo com a convicção da Educação Cristã
Talvez haja muitos pais que se contorcem sob a convicção da Palavra de Deus, quando esta vem a eles referente a um treinamento piedoso, consistente dos filhos. Muitos chamam a atenção para o fato de que não existem, por perto, escolas boas e verdadeiramente cristãs que possam ministrar a seus filhos, e, portanto não têm escolha a não ser mandá-los para escolas não-cristãs. Embora não deixe de ser verdade que algumas famílias são mais pressionadas, tanto pelas circunstâncias como por problemas financeiros, a Palavra de Deus continua sendo a Palavra de Deus. Se a Palavra fala claramente sobre o assunto e se Deus requer (não pede) que os pais estejam atentos para que seus filhos recebam uma instrução orientada por Deus, então a escola está feita. O que continua sendo um ministério é o método para obtê-la.
Alguém pode perguntar: “A educação e treinamento de meus filhos, de uma perspectiva piedosa de Deus, ou parte da minha fé, são ordenados na Palavra de Deus? “ Se a resposta a essa pergunta for afirmativa, então uma outra se seguirá: “Que tipo de sacrifício estarei pronto a fazer de modo a tornar isso uma realidade?” Se a melhor escola não estiver disponível para que se junte a ela, você deve estar preparado para se juntar à escola que estiver mais perto da Palavra em prioridades e valores, ou se preparar para ensinar aos filhos em casa. Deve-se perguntar honestamente: “Se Deus vier a requerer esse tipo de treinamento para meus filhos, e eu vou me tornar responsável, que opções Ele me dá em Sua Palavra? “ Certamente que a desobediência não é uma opção! Deus promete bênçãos para todos os que lhe obedecem, e essas bênçãos vêm através da vida de seus filhos (Pr. 29:15-18). Os que desobedecem recebem maldição, e esta vêm através da vida dos filhos (Pr. 30:11-14)
A meditação na Palavra de Deus e a ação dirigida pela oração feita por cada família, honestamente diante de Deus, determinarão se esses aspectos de nossas vidas (tão cruciais e necessários) tornar-se-ão em convicção ou se continuarão sendo apenas preferências. A Palavra de Deus é uma questão real, não as circunstâncias ou o ambiente em que nos encontramos. Deus abrirá um caminho para que cada mandamento seja cumprido. Que o Senhor nos ajude a restaurar lares, agindo por convicção, obedecendo firmemente ao Senhor. Que possamos seguir o exemplo de Abraão e Moisés: “Disse o Senhor: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer? Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as famílias da terra? Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito”.Gn. 18:17-19.
“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.Js. 24:15.
Certamente as consequências de não agirmos de acordo com o que sabemos que é certo devem chamar a nossa atenção:
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando”. Tg. 4:17.
- Removendo as inconsistências na vida familiar
Ao entrevistarmos pais que desejam matricular seus filhos em nossas escolas, frequentemente lhes explicamos o que chamamos de “pacto duplo”. Explicamos que eles devem verificar se somos a escola que realmente vem refletir a filosofia e os padrões cristãos seguidos pela família. Devemos, como escola, ser de fato uma extensão do lar, e pode o lar andar junto com a escola em plena concordância com as Escrituras? Assim essa decisão feita pelos pais é somente metade do pacto. Do lado da escola devemos perguntar a nós mesmos se o lar é o tipo de lar diante de Deus do qual possamos vir a ser um reflexo ou extensão. Tanto o lar como a escola deve ser examinada para ver se estão andando de acordo com a orientação da Palavra. Certamente, isso não significa que o lar deva procurar a escola “perfeita”, e que a escola só deva matricular famílias que sejam “perfeitas”. Entretanto, a atitude e o esforço em se mover o coração nessa direção devem estar corretos diante de Deus.
Embora os alvos do lar e da escola possam parecer estar, à primeira vista, em acordo, nossas ações muitas vezes negam nossas palavras. As maiorias dos pais querem que seus filhos sejam treinados numa atmosfera própria, com valores apropriados e estilo de vida que possam ser olhados com respeito. Entretanto somos muitas vezes enganados, tanto em casa como na escola (embora seja mais fácil fechar os olhos para as coisas em casa), e permitimos que essas mesmas coisas continuem sendo feitas bem debaixo de nossos olhos!
A seguir, temos uma lista de “impedimentos” para a educação cristã que comumente aparecem em muitos lares. É compreensível que, tanto na escola como na igreja, devamos ser purificados e devemos lidar com as inconsistências de ambos à luz da Palavra de Deus, todavia é o lar o eixo, o ponto central, e a área mais importante a ser considerada.
- Um ambiente não-cristão no Lar – As seguintes práticas continuamente apresentam um mundo de exemplos e ideias que entram em conflito com os princípios e práticas de Palavra de Deus, e por fim vão afetar profundamente o que é ensinado numa escola cristã.
A TV é o inimigo número um da educação cristã – tanto no seu conteúdo quanto no método de instrução. Uma sequência de imagens de um mundo sem Deus é mostrada com soluções para os problemas vindos através da sabedoria, da força, da violência e do engano humano em vez de levá-los a Cristo. Um mundo onde a autoridade da policia, dos pais, da igreja é zombada e ridicularizada, e os que zombam são os “astros dos espetáculos”, aparentando serem “pessoas de sucesso, famosas”. A natureza passiva da TV também prejudica as atividades da mente e pode, com seu embalo, levar à passividade. Embora possa haver programas aproveitáveis, isso pode facilmente transformar-se num vício, onde nossos padrões e princípios de moral venham a ser arruinados. Naturalmente, filmes e outros espetáculos de cinema podem ser acrescentados a essa discussão sobre a TV.
O videogame é um outro caminho pelo qual o inimigo está apresentando às crianças um “mundo” sobrenatural, e o “jogo” é sempre destrutivo e violento. Imaginações vãs e um mundo cósmico saído do oculto parecem ocupar o 1º lugar nas mentes das crianças hoje, e de tal modo que um livro ou mesmo a Bíblia, num tranquilo fim de tarde, simplesmente não podem competir com esse tipo de entretenimento. Videogames e suas influências viciosas estão atemorizando até mesmo educadores seculares quanto aos seus efeitos danosos sobre o pensamento e a atividade mental.
- Música Rock – O “compasso da rebelião”, “a batida da rebelião” podem ser ouvidos em muitos lares que professam Cristo. Embora muitas vezes grupos de rock tenham feito pacto público com o diabo, ainda são ouvidos nesses lares; está acontecendo agora um outro tipo de ação mais sutil. Muitos cristãos estão usando, com mais frequência, esse estilo de “música” para “adorar ao Senhor”. Isso é uma infelicidade, pois a música afeta tanto o físico como a mente. A música “rock” (não importa o que dizem as palavras) está fora de questão de acordo com as Escrituras (colocando o ritmo como a coisa mais importante, o corpo acima da alma e do espírito; é uma música sensual); não é música de fato (música vem de uma palavra que significa pensar, meditar, e o “rock” é hipnótico, aprisiona a mente) e é biologicamente viciante (cientificamente pode provocar neuroses no sistema nervoso). Muitos têm sido enganados com o “rock” cristão, e o perigo real é que passar para nossas crianças a idéia de que o cristianismo é um “alto” sintético criado pela batida do “rock”, em vez daquela “vozinha” interior. Na adoração, nossas crianças devem aprender a cantar uma canção, não dançar uma canção!
- Tempo Desestruturado – Na educação cristã, tentamos ensinar às crianças que o mundo não lhes deve uma vida, mas que eles são responsáveis perante Deus e os outros por suas ações. Entretanto esta é uma tarefa cada vez mais dura: a de ensinar, quando algumas crianças, em casa, têm muito pouca responsabilidade ou pequenos serviços e não são levadas de modo nenhum a manter este tipo de comportamento em casa. Atividades de recreação e brincadeiras em excesso, se mal orientadas, permeiam a vida da criança; mas pequenas tarefas, responsabilidades e serviços da casa raramente são feitos. Se não houver na casa um tempo tranquilo para o estudo (quando os deveres de casa são feitos) para a hora devocional, etc. então o que é ensinado na escola é desfeito em casa. A regra não deve ser que somente o tempo passado na escola deve ser bem estruturado, bem disciplinado na vida de uma criança!
- Padrões da Escola que superam o Lar e a Igreja – Na escola, os alunos estão em contato com altos padrões de vestimenta, comportamento e respeito a todas as autoridades. Entretanto, em casa e na igreja têm permissão de se vestirem sem moderação, sem capricho, respondem aos pais e somente lhes obedecem depois da 4ª ordem. Assim, a criança ainda vive em dois “mundos”. É necessário um contínuo crescimento na escola, no lar e na igreja para que nossos padrões não se conflitem.
- Ensinando o desrespeito através da maledicência e fofoca – Muitos professores têm sido criticados, à mesa de refeição, na frente de alunos! Os pais que discutem suas diferenças com os padrões da escola ou dos professores na frente de seus filhos estão-lhes ensinando a desrespeitar a autoridade. As crianças devem sempre ver que seus pais e professores estão unidos, tendo o mesmo ponto de vista. As diferenças devem ser tratadas em particular e de acordo com os princípios de Mt. 18:15-18, para que as crianças também aprendam a agir desse modo. Se os pais não respeitam, não procuram, em particular, aqueles com quem têm alguma diferença, dificilmente poderão esperar que as crianças aprendam nosso mau exemplo, comportem-se de maneira apropriada no recreio ou em classe.
- Restaurando aos Pais o papel de principais educadores – Se é nossa responsabilidade treinar a próxima geração, devemos primeiro treinar a nós mesmos. Os pais devem se ver a si mesmos como os educadores mais importantes no lar. Encorajamos os pais a um tipo de aprendizagem pré-escolar fora de casa. Sentimos que os pais devem ser os primeiros e os mais importantes educadores entre 2 a 5 anos. Temos, a seguir, uma lista de avaliação que pode ajudar os pais a orientarem a vida familiar nesta direção.
Entendam quais são os objetivos do Jardim de Infância na Escola Cristã onde pretende matricular seu filho. Comece então a treiná-lo metodicamente em casa quando tiver 3 anos, (ou mais cedo, dependendo da criança). Esse período deve incluir uma lição básica: Obediência. De maneira correta: levantar a mão, colorir nas linhas, segurar o lápis, seguindo as instruções da mãe, e não fazendo as coisas à sua maneira, etc., podem ser experiências de aprendizagem muito interessantes para os 3 ou 4 anos de idade.
Leia bons livros para se preparar para, você mesma, ensinar seu filho a ler, escrever e fazer continhas, usando a Bíblia. Não é tão difícil como pode parecer.
Mantenha a “hora de estudo”, em casa, de formas consistentes, regulares, mesmo depois de a criança ir para o Jardim. Dessa maneira, será percebido que a mãe e o pai não deixaram de ser os seus instrutores mais importantes.
A conferência dos cadernos em casa, ocasião quando o pai e a mãe releem as anotações do caderno com os filhos, olham o dever de casa (não o fazem para a eles). É bom lembrar que esta é uma boa maneira de manter o padrão da escola. Os cadernos servem como um excelente método de manter a mãe e o pai como os educadores. É desnecessário dizer que se a mãe e o pai checarem o dever de casa e mandaram as crianças refazerem os exercícios antes que o professor o faça, o resultado será muito melhor e em mais curto prazo.
Discussões familiares, viagens, etc. onde assuntos são discutidos e levados em oração são de extrema ajuda para uma criança em desenvolvimento. Se formos “ocupados” demais para tirarmos tempo para atividades como essas, então estamos ocupados demais!
Portanto, como pais, vamos aceitar o desafio de começar e continuar o processo de treinamento o mais cedo possível, para que a necessidade de um professor fora de casa venha no tempo certo como uma extensão e não como uma substituição dos pais. Vamos ensinar independência a nossos filhos, para pensar, raciocinar, e relacionar princípios bíblicos em todas as áreas. Somente à medida que a semente da Palavra for plantada em cada um em todo lar, cultivada na atmosfera do lar e regada através de outros que podem atuar como extensões, que colheremos o desenvolvimento que virá do Senhor dos Exércitos. Que possamos sempre estar lembrando que a restauração começará, continuará e florescerá no lar. Então nossa Igreja, a Noiva de Cristo, o Corpo de Nosso Senhor, também chegará à maturidade e estatura de Cristo. Na medida em que a Igreja começar a ser restaurada, através do lar, então o Governo Civil, extensão do governo do Senhor na sociedade, também será restaurado. Quem sabe quanto tempo ainda teremos? Muitos acham que já é tarde! Outros nem mesmo sabem que estamos numa guerra! Uma guerra de pensamentos, a “batalha da mente”.
Vamos restaurar a igreja, o lar e a escola, um cordão de três dobras, porque é certo fazê-lo! Se Deus permitir restaurar o Governo Civil no mundo, que assim seja! Continuaremos a plantar, regar, cultivar e colher! Que o Senhor abençoe a todos que desejam a restauração nos corações, nos lares, igrejas e por toda a terra.
Bibliografia: The Home: Key to Godly Training
Apendix A. “Go ye Therefore … and Teach”- PAUL JEHLE