Por Núbia Maria Rodrigues dos Santos.
Como cristãos educadores, temos a responsabilidade, diante de Deus e dos pais, de conduzir as crianças por um caminho excelente; de instruir conforme os princípios cristãos, de corrigir mediante os mesmos princípios; e acima de tudo amar.
O texto de João, capítulo 15, intitulado: Jesus, a videira verdadeira, nos dá o perfil do educador que é próspero em sua atuação:
“Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira; assim também vós, se não permanecerdes em mim.
Eu sou a videira; vós sois os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto;porque sem mim nada podeis fazer.” (v.4-5)
Jesus é a videira, e nós, os professores, somos seus ramos. Atenção à última frase destacada: ela nos mostra que o perfil desse educador é de total dependência do Senhor Jesus, pois como o Mestre deixa bem claro, não podemos fazer nada sem Ele. Nossas habilidades pessoais, nossas técnicas e conhecimentos são importantes, mas totalmente falíveis se não dependermos de Jesus. Somente alcançaremos os efeitos desejados na vida dos alunos se dependermos de Jesus.
Sem Ele não podemos amar nem respeitar as diferenças individuais, não podemos instruir e tampouco corrigir os comportamentos inadequados. Devemos buscar Nele a inspiração, a direção para nossas aulas, pedir o Seu auxílio para elaborar e executar os planejamentos de aula. Na Educação por Princípios é isso que faz a diferença, é isso que nos torna diferentes de outras escolas e outros professores.
Todo o fruto do Espírito que clamamos a Deus: mansidão, amor, domínio próprio, paciência, características tão necessárias para o exercício do nosso chamado, só poderão ser alcançados se estivermos unidos a Ele (Jesus), que é a videira. Nós, como seus ramos, não temos condições de produzir qualquer fruto, sozinhos.
É pelo caule principal que toda a seiva, o alimento, a vida da planta, é conduzida até as extremidades, até os ramos mais afastados, para que toda a planta seja nutrida. Isso nos fala da unidade com Cristo, de sermos um com Ele, todos os membros da escola. Jesus é esse condutor de vida, e nós, os seus ramos somos nutridos para assim darmos frutos.
Quando uma árvore produz frutos, alguém se alimenta deles. Ao produzirmos frutos, os nossos alunos serão beneficiados, receberão alimento de qualidade: da nossa boca sairão palavras doces para gerar vida neles, nossas atitudes terão aroma agradável para promover mudanças de comportamento e nós, os ramos, seremos frondosos para abrigar e acolher os pequeninos nos dias de maior necessidade.
Outro versículo que não pode passar despercebido é o 2b:
“todo ramo que dá fruto , ele o limpa, para que dê mais fruto.”
O que significa dizer que o Pai, que é o agricultor, limpa os ramos? Enfrentamos tantos problemas, parece que algumas situações são intermináveis e aí vem aquele sentimento de fracasso, de impotência perante as circunstâncias, dúvidas, dificuldade em conduzir as aulas ou fazer planejamentos, pensamentos como: “Será isso mesmo que Deus tem para mim?” Qual professor nunca se sentiu assim? Até o mais experiente em algum momento já se questionou, pensou em desistir ou no mínimo, se sentiu perturbado com alguma situação que não conseguia resolver.
Mas quando somos confrontados, desafiados, corrigidos e até afligidos por situações adversas, significa que o Agricultor está nos limpando para que possamos dar mais frutos. Isso é totalmente benéfico, mesmo quando não compreendemos e até nos cause alguma dor, mas tudo isso é para que possamos dar mais frutos no tempo devido e o Agricultor se alegre com eles.
Mas: “Sabemos que Deus faz com que todas as coisas concorram para o bem daqueles que o amam, dos que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm. 8:28). Podemos sempre contar com o socorro do Senhor, afinal Ele é o maior interessado na vida das crianças, e é por causa delas que fomos chamados.
Núbia Maria Rodrigues dos Santos
Professora do 5º Ano
“Instituto Peniel de Ensino”
Uberlândia – MG