Por Cida Mattar.
Os desafios que se colocam na atualidade para o educador parecem que se multiplicam dia após dia. As mudanças que ocorrem em nossa sociedade são caracterizadas tanto pela sua expansão como pelo ritmo acelerado em que elas ocorrem, que mal acabamos de alcançar um deles e já nos deparamos com tantos outros. Enquanto profissional das Ciências Humanas, embuído de idealismos para o próprio homem integral e para a sociedade em que ele está inserido, o educador contemporâneo se depara enfrentando desafios desde seu desenvolvimento pessoal, passando pelo contexto organizacional em que está inserido até a esfera de sua influência social.
Inicialmente identifico na esfera pessoal um desafio que implica em ele se colocar na posição de eterno aprendiz. A formação do profissional da Educação hoje em dia, como a maioria de outros profissionais, deve ser contínua. Além de buscar atualização e/ou especialização em sua área seja em cursos livres e de educação formal o educador também deve ser capaz de desenvolver um plano de desenvolvimento pessoal onde ele próprio será o gestor do seu processo de aprendizagem, buscando em profundidade o conhecimento desejado, a essência de sua vocação. Essa postura, de eterno aprendiz, traz reflexos de grande impacto na sua prática pedagógica beneficiando não só sua competência para lecionar como também o aspecto relacional com seus alunos.
Um dos desdobramentos deste desafio, da formação contínua do educador, é o desafio de gerir o conhecimento adquirido ou a gestão do conhecimento. Na maioria das organizações educacionais luta-se pela extinção da cultura da “retenção do conhecimento” como forma de manutenção do poder para que o conhecimento adquirido seja disponibilizado para todos, compartilhado para o bem corporativo. Assim como o educador necessita de conhecimento disponível para o desempenho de sua profissão ele deve ser responsável em disponibilizar o conhecimento produzido pelas suas pesquisas, experiências e estudos para outros, começando no seu contexto organizacional.
A parceria com a família traz a tona a necessidade que o educador tem de captar aliados para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Ninguém educa sozinho. Está mais do que provado que a participação da família é determinante para o sucesso do aprendizado do aluno assim como para a qualidade da escola. O desafio aí é desenvolver essa parceria de forma construtiva, estabelecendo espaços apropriados para a participação responsável dos pais, de acordo com suas possibilidades e habilidades.
Entender as transformações psicológicas que ocorrem no ser humano, na família, na cultura, sociedade e economia ajudam a enfrentar o desafio de combater a violência que quer ser estabelecida nas escolas. A habilidade de ao mesmo tempo ajudar esses alunos violentos a trabalhar os limites, as leis, e as devidas conseqüências da quebra das mesmas torna-se cada vez mais necessária ao educador que queira implantar uma cultura de paz tanto em seu ambiente de trabalho como fora dele. Na verdade, para muitos estabelecimentos de ensino, o fracasso em lidar com essa questão tão complexa pode trazer resultados drásticos tais como o descontentamento profissional ou até mesmo a perda de vidas.
No que se refere ao processo de ensino-aprendizagem um dos grandes desafios atuais é saber incorporar as novas tecnologias de forma equilibrada e inovadora na sala de aula. Isso requer do educador um amplo conhecimento não só do que está disponível no mercado mas como estas ferramentas estão consistentementes alinhadas com a metodologia adotada pela escola e com o público alvo.
O sucesso ou os resultados satisfatórios obtidos pelas organizações educacionais na atualidade não são frutos do esforço de um indivíduo e sim de um trabalho colaborativo de equipe. O educador gestor deve encarar de frente o desafio de estruturar uma equipe de alto desempenho. Isto só ocorre quando há um compromisso de trabalho educacional com um alvo estabelecido, unidade entre as pessoas, um sistema efetivo de comunicação e a motivação correta para fazer o trabalho educacional. Os maiores desafios encontrados na estruturação de equipes partem da dificuldade que as pessoas possuem em deixar de pensar no resultado individual para pensar no resultado do todo. Para isto o gestor educacional deve mostrar ao educador onde as suas competências individuais poderão ser aproveitadas dentro da equipe. E é claro, antes de implantar um sistema de trabalho em equipe é necessário fazer um trabalho de mudança de paradigmas, de mentalidade e de atitudes com todos os membros da equipe.
A habilidade para trabalhar em equipe é um requerimento para qualquer profissional da atualidade.
O desafio de gerir um estabelecimento educacional no atual momento econômico requer do educador gestor uma postura equilibrada entre o esforço de permanecer na filosofia educacional idealizada pela escola e a habilidade de encontrar formas alternativas e criativas de sobrevivência empresarial. Isto requer uma postura ética em manter os compromissos assumidos com os beneficiários através do contrato de prestação de serviços. Não se pode comprometer a qualidade da educação oferecida em detrimento da ganância pelo lucro. Se não há credibilidade na forma como a escola é administrada não há credibilidade na forma como a escola educa. Aliás, este exemplo é definitivo na formação de uma geração e nos remete a outro desafio encontrado pelo educador contemporâneo no que diz respeito aos fins da educação.
Que tipo de geração queremos formar? Cidadãos competentes, éticos, solidários, comprometidos com a transformação de uma sociedade mais justa? Para isto, o educador não pode esquecer que ele é um referencial com alto grau de impacto na vida de seus educandos, seja positivo ou negativo. O desafio aqui consiste em ser coerente com o discurso. Ninguém quer saber de alguém que diz “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Educação pressupõe referenciais verdadeiros, inspirativos, construtivos. A marca do caráter de um educador falará mais alto na vida de um educando do que um conteúdo ensinado. O desafio de ser um referencial positivo na vida de um educando na verdade é atemporal entretanto hoje em dia nossa geração além de estar em busca de líderes que lhe mostrem um caminho confiável, tem mais facilidade de se opor frente a um falso educador.
O desafio de preparar uma geração para a vida e para toda a vida, requer do educador não só o conhecimento da realidade em que ele está inserido assim como a sua participação no enfrentamento dos problemas sociais de sua comunidade. A partir daí ele terá “autoridade” para falar sobre a verdadeira postura do cidadão na sociedade. Só a partir de sua prática ele poderá influenciar outros a influenciar o mundo. Para isto ele precisa perceber o valor da inserção social responsável de seus educandos enquanto ainda freqüentadores do ambiente escolar. Prepara-se para a vida durante toda a vida e não apenas para quando se sair da escola.
Os desafios que se colocam na atualidade para o educador parecem que se multiplicam dia após dia. As mudanças que ocorrem em nossa sociedade são caracterizadas tanto pela sua expansão como pelo ritmo acelerado em que elas ocorrem, que mal acabamos de alcançar um deles e já nos deparamos com tantos outros. Enquanto profissional das Ciências Humanas, embuído de idealismos para o próprio homem integral e para a sociedade em que ele está inserido, o educador contemporâneo se depara enfrentando desafios desde seu desenvolvimento pessoal, passando pelo contexto organizacional em que está inserido até a esfera de sua influência social.
Inicialmente identifico na esfera pessoal um desafio que implica em ele se colocar na posição de eterno aprendiz. A formação do profissional da Educação hoje em dia, como a maioria de outros profissionais, deve ser contínua. Além de buscar atualização e/ou especialização em sua área seja em cursos livres e de educação formal o educador também deve ser capaz de desenvolver um plano de desenvolvimento pessoal onde ele próprio será o gestor do seu processo de aprendizagem, buscando em profundidade o conhecimento desejado, a essência de sua vocação. Essa postura, de eterno aprendiz, traz reflexos de grande impacto na sua prática pedagógica beneficiando não só sua competência para lecionar como também o aspecto relacional com seus alunos.
Um dos desdobramentos deste desafio, da formação contínua do educador, é o desafio de gerir o conhecimento adquirido ou a gestão do conhecimento. Na maioria das organizações educacionais luta-se pela extinção da cultura da “retenção do conhecimento” como forma de manutenção do poder para que o conhecimento adquirido seja disponibilizado para todos, compartilhado para o bem corporativo. Assim como o educador necessita de conhecimento disponível para o desempenho de sua profissão ele deve ser responsável em disponibilizar o conhecimento produzido pelas suas pesquisas, experiências e estudos para outros, começando no seu contexto organizacional.
A parceria com a família traz a tona a necessidade que o educador tem de captar aliados para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Ninguém educa sozinho. Está mais do que provado que a participação da família é determinante para o sucesso do aprendizado do aluno assim como para a qualidade da escola. O desafio aí é desenvolver essa parceria de forma construtiva, estabelecendo espaços apropriados para a participação responsável dos pais, de acordo com suas possibilidades e habilidades.
Entender as transformações psicológicas que ocorrem no ser humano, na família, na cultura, sociedade e economia ajudam a enfrentar o desafio de combater a violência que quer ser estabelecida nas escolas. A habilidade de ao mesmo tempo ajudar esses alunos violentos a trabalhar os limites, as leis, e as devidas conseqüências da quebra das mesmas torna-se cada vez mais necessária ao educador que queira implantar uma cultura de paz tanto em seu ambiente de trabalho como fora dele. Na verdade, para muitos estabelecimentos de ensino, o fracasso em lidar com essa questão tão complexa pode trazer resultados drásticos tais como o descontentamento profissional ou até mesmo a perda de vidas.
No que se refere ao processo de ensino-aprendizagem um dos grandes desafios atuais é saber incorporar as novas tecnologias de forma equilibrada e inovadora na sala de aula. Isso requer do educador um amplo conhecimento não só do que está disponível no mercado mas como estas ferramentas estão consistentementes alinhadas com a metodologia adotada pela escola e com o público alvo.
O sucesso ou os resultados satisfatórios obtidos pelas organizações educacionais na atualidade não são frutos do esforço de um indivíduo e sim de um trabalho colaborativo de equipe. O educador gestor deve encarar de frente o desafio de estruturar uma equipe de alto desempenho. Isto só ocorre quando há um compromisso de trabalho educacional com um alvo estabelecido, unidade entre as pessoas, um sistema efetivo de comunicação e a motivação correta para fazer o trabalho educacional. Os maiores desafios encontrados na estruturação de equipes partem da dificuldade que as pessoas possuem em deixar de pensar no resultado individual para pensar no resultado do todo. Para isto o gestor educacional deve mostrar ao educador onde as suas competências individuais poderão ser aproveitadas dentro da equipe. E é claro, antes de implantar um sistema de trabalho em equipe é necessário fazer um trabalho de mudança de paradigmas, de mentalidade e de atitudes com todos os membros da equipe.
A habilidade para trabalhar em equipe é um requerimento para qualquer profissional da atualidade.
O desafio de gerir um estabelecimento educacional no atual momento econômico requer do educador gestor uma postura equilibrada entre o esforço de permanecer na filosofia educacional idealizada pela escola e a habilidade de encontrar formas alternativas e criativas de sobrevivência empresarial. Isto requer uma postura ética em manter os compromissos assumidos com os beneficiários através do contrato de prestação de serviços. Não se pode comprometer a qualidade da educação oferecida em detrimento da ganância pelo lucro. Se não há credibilidade na forma como a escola é administrada não há credibilidade na forma como a escola educa. Aliás, este exemplo é definitivo na formação de uma geração e nos remete a outro desafio encontrado pelo educador contemporâneo no que diz respeito aos fins da educação.
Que tipo de geração queremos formar? Cidadãos competentes, éticos, solidários, comprometidos com a transformação de uma sociedade mais justa? Para isto, o educador não pode esquecer que ele é um referencial com alto grau de impacto na vida de seus educandos, seja positivo ou negativo. O desafio aqui consiste em ser coerente com o discurso. Ninguém quer saber de alguém que diz “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Educação pressupõe referenciais verdadeiros, inspirativos, construtivos. A marca do caráter de um educador falará mais alto na vida de um educando do que um conteúdo ensinado. O desafio de ser um referencial positivo na vida de um educando na verdade é atemporal entretanto hoje em dia nossa geração além de estar em busca de líderes que lhe mostrem um caminho confiável, tem mais facilidade de se opor frente a um falso educador.
O desafio de preparar uma geração para a vida e para toda a vida, requer do educador não só o conhecimento da realidade em que ele está inserido assim como a sua participação no enfrentamento dos problemas sociais de sua comunidade. A partir daí ele terá “autoridade” para falar sobre a verdadeira postura do cidadão na sociedade. Só a partir de sua prática ele poderá influenciar outros a influenciar o mundo. Para isto ele precisa perceber o valor da inserção social responsável de seus educandos enquanto ainda freqüentadores do ambiente escolar. Prepara-se para a vida durante toda a vida e não apenas para quando se sair da escola.